Atriz baiana destaque no II Prêmio Microinfluenciadores Digitais por seu ATIVISMO

1601 Views 0 Comment

A atriz e criadora de conteúdo Pam Nascimento é destaque no II Prêmio  MicroInfluenciadores Digitais na categoria ATIVISMO, que acontece em janeiro de 2020. Pam, 31, que é  natural de Irecê, no sertão baiano, vem desde 2014 ganhando o reconhecimento do público, quando participou do I Miss Blackpower Brasil, concurso que premia o cabelo crespo mais bonito do Brasil. O envio do vídeo para participar da seletiva do concurso bombou nas redes sociais e viralizou entre as crespas e cacheadas, onde Pam recita um poema que declara amor ao seu cabelo crespo e vem inspirando meninas e mulheres a iniciar o processo de transição capilar. Hoje, 5 anos após a postagem do vídeo, o mesmo continua reverberando com mais de 550 comentários com relatos emocionantes dos seus seguidores:

“Linda! super inspirador! depois do vídeo cortei o cabelo e assumi o black. delicia de liberdade! Durante 30 anos acreditei que ‘meu cabelo era ruim’.” – diz seguidora.

Na ocasião ter participado do concurso a aproximou de uma comunidade fiel que a acompanha até hoje. A partir daí Pam não escreve só para as crespas e cacheadas, porque acredita no empoderamento para além da estética, “é um ato político”.

View this post on Instagram

estar na transição capilar e ouvir dos familiares, dos amigos e o seu parceiro que prefere você com o cabelo alisado, NÃO É NADA FÁCIL. há alguns dias eu tive o prazer de ser procurada por uma mulher de 30 anos que está tentando passar pela transição capilar, ela não foi a primeira nos últimos anos e certamente não será a última. na nossa conversa, me confidenciou a sua dificuldade de lidar com a rejeição de seus familiares e o seu companheiro nesse processo tão doloroso, ela me disse que tudo que esperava quando decidiu que nao queria mais alisar o cabelo era ouvir especialmente da sua mãe e seu marido um (TE APOIO) mas , como diversos casos inclusive o meu , foi o contrário. Que por muitas vezes ela desistiu de continuar o processo até no meio por sentir vergonha de sair de casa ou o seu marido ter vergonha de apresenta-lá aos amigos. Vocês conseguiram sentir a complexidade desse fato?? são enes os motivos que se explica o pensamento dessa mãe, com certeza ela não à apoia porque não quer vê-la feliz , mas sim por um pensamento racista que foi enfiado durante anos e perpétua até hoje , nas cabeças das pessoas que dizem nosso cabelo ruim, feio e anormal. no fundo as nossas mães quando dizem não, estão apenas querendo nos proteger da rejeição social. ao seu companheiro e amigos no meu ver , pode ser mais supérfluo por se tratar apenas da estética, deixando de lado a empatia e uma responsabilidade afetiva com essa mulher …. o que pode explicar é o apego à figura que conheceu e se apaixonou, esquecendo de respeitar liberdade e as diversas mulheres que todas nós temos o direito de ser, poucos sabem lidar com a nossa multiplicidade . uma escrotidão , claro mas que também se dar aquele fator de pensamento racista que fomos obrigados a acreditar durante séculos 🙄 depois de horas numa conversa eu tentei passar para ela a minha experiência e fazê-la perceber que sua história é mais comum do que imagina, e que ninguém tem o direito de dizer se ela pode ou não tomar essa decisão , só ELA . disse também pra que ela não se maltratasse com a "falta de coragem" pois cada um tem o seu tempo ,quem deve retardar ou adiantar , é só ela mesmooo . CONTINUA 👇🏽👇🏽

A post shared by PAM NASCIMENTO ♡ (@pamnascimento13) on Feb 20, 2019 at 6:03am PST

 – “O fato de eu estar nas ruas é um ato político em que venho denunciando esse sistema que oprime a nossa beleza natural.” –  fala Pam

View this post on Instagram

na quinta-feira passada fui parar numa boate chamada Vitrine aqui no Rio. na chegada eu entendi que ali era um lugar inteiramente estranho porque a minha presença no local era estranha , os olhares de espanto, os sorrisos canto de boca se fizeram presentes do caminho da porta até o bar ,mas foda-se só tava querendo curti uma noite com as minhas amigas. até que um homem branco aparentemente de 40 anos me aborda: " posso tirar uma foto com você? posso pegar no seu cabelo? direcionando o meu dedo indicador bem no meio da sua face eu disse: NÃO, NÃO TOQUE EM MIM! tenho certeza que ele não entendeu o meu posicionamento e muito menos o quanto é abusivo. o fato de meu cabelo ser volumoso e por conta do padrão europeu de beleza ,a minha estética natural no olhar da sociedade é anormal, então sempre fui abordada como se não fosse um ser humano, e sim um monumento histórico, ou um animal exótico… por muito tempo me sentir incomodada e invadida, mas nunca parei para falar sobre. Até que ontem assistindo uma entrevista da @djamilaribeiro1 ela cita o Adilson Moreira, professor de direito e pesquisador das questões raciais que vai lançar um livro sobre o que é RACISMO RECREATIVO, no que entendi é mais ou menos como a sociedade naturaliza as brincadeiras racistas e a forma como o branco nos trata, como eles se sentem autorizados a nos ofender, nos invadir , nos inferiorizar e no meu caso, me tocar sem ao menos dar um boa noite e me conhecer. e quando a gente reinvindica a nossa humanidade com respostas feito a minha, eles fazem nos sentir errôneas ,mal humoradass, mal amadas ou até uma negra metida, como já ouvir muito. a questão não é se vou tirar foto com um desconhecido ou não, é que eu estava acompanhada por uma mulher branca, loira , linda e de quase 2 metros de altura , porém esse indivíduo não a pediu pra tirar foto, porque? simplesmente porque não estávamos falando de beleza, para ele e muitos eu sempre estarei dentro da categoria mulata bonita, negra diferente, exótica ,símbolo sexual ou fantasia. e ele queria salvar num registro. sem generalizar eu nunca vi ninguém fazendo esse tipo de abordagem com mulheres brancas e querendo tocar nos cabelos delas.

A post shared by PAM NASCIMENTO ♡ (@pamnascimento13) on Aug 27, 2018 at 10:13am PDT

Mãe solo de Luna, 11, Pam compartilha abertamente a relação com sua filha, trocando e motivando outras mães a repensar a maternidade partindo da educação social, racial e de empoderamento que irão garantir a autoestima dessas crianças. A ativista enfatiza a beleza dos seus corpos pós maternidade e se enxergando no lugar de mulheres livres e independentes  para além de mães.

Feminismo Negro é o tema mais relevante e buscado em suas redes. Utilizando dos estudos que fez sobre a intelectual, militante, ativista e pioneira do feminismo negro no Brasil, Lélia Gonzalez, Pam ajuda mulheres, que como ela durante muitos anos não teve consciência racial, a buscar e entender suas origens, dado o embranquecimento da história. Além da estética, ela aplica uma abordagem direta sobre o que é ser negra no Brasil, com temas como Colorismo, Dororidade e Solidão da Mulher Negra.

Pam também é modelo comercial estando em campanhas importantes na Bahia para: SPM – Secretaria de Políticas para Mulheres – Bahia, Prefeitura Municipal do Salvador, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Unifacs, Unijorje, Salvador Norte Shopping e de alcance nacional para Sobrancelha Design. Como atriz, no teatro esteve em: 50 tons de Nelson, A maldita parentela, As mulheres de Seu Chico, Um defeito de família. Já na TV, em 2017, participou da série “Musica da Minha Vida” da TV Brasil/TVE, com a personagem Mara. Como apresentadora fez a campanha da TV OAB durante 6° Conferência Estadual da Advocacia da Bahia e o Festival de Arte e Cultura Oludum – FEMADUM, além do seu programa de entrevistas focado no empoderamento feminino, Pam Convida, disponível em seu canal do YouTube. E é fundadora do projeto ‘Lélia Gonzalez – O Brasil precisa ouvir essa voz’, espetáculo solo que tem como objetivo principal homenagear a intelectual. 

https://instagram.com/leliagonzalezoespetaculo
https://www.youtube.com/channel/UCimlQyZSwdZ8iJ8uBNDJzwg

Sobre o Prêmio:

Foram revelados na segunda quinzena  de dezembro os três premiados por categoria que receberão um troféu de reconhecimento como vencedores com base nas métricas e metodologia da Influencers. https://premiomicroinfluenciadores.com.br/metodologia. Durante o evento que acontecerá no dia 18/01/20 na cidade de São Paulo, serão  entregues  os prêmios para os destaques de cada uma das 23 categorias.

 Sobre o evento:

6º Influent Minds – Fórum sobre Marketing de Influência

2º Prêmio Microinfluenciadores Digitais

Data: 18 de janeiro de 2020

Horário do credenciamento: 8h30

Horário dos debates: 9h00

Horário da premiação: 17h00

Local: Teatro Fecap – Avenida da Liberdade, 532 – Liberdade – São Paulo/SP.

Faça sua inscrição gratuitamente: http://bit.ly/MicroinfluenciadoresDigitais

0 Comments

Leave a Comment

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.