Bom dia!
Ontem publicamos aqui um artigo da professora Nacimárcia que falando sobre a ‘nega do cabelo duro’, racismo e preconceitos velados por trás de expressões como estas. Hoje nos deparamos com uma aluna que denuncia o preconceito sofrido dentro da universidade, espaço dito democrático e de aprendizado onde uma professora (?) pergunta: “Qual o seu signo, leão?” Se referindo ao cabelo da aluna. Até poderíamos dizer que o assunto de hoje caberia no artigo publicado ontem, e dizer também que é “apenas mais do mesmo’, mas, parafraseando a professora Nacimárcia, até quando seremos nega do cabelo duro?
Veja o texto retirado do jornal “O GLOBO”
Aluna do oitavo período de Moda na PUC-Rio, Gabriela Monteiro, de 26 anos, publicou no Facebook um texto no qual relata seu constrangimento ao ouvir comentários considerados racistas feitos por duas professoras.
Ela também registrou queixa na 12ª DP (Copacabana). Segundo a estudante, as docentes fizeram piadas e comentários sobre cabelo afro diante dela e da turma repetidas vezes. Veja aqui.
Segundo o doutor em sociologia, Professor da Uerj, Luiz Augusto Campos Campos, “cabelo vira um espaço para racismo”, Campos chama atenção para o relato da estudante basear-se em episódios que aconteceram mais de uma vez:
– Quando há uma repetição associada, é bem provável que isso configure um caso de racismo velado. Temos que refletir sobre isso.
Polêmicas relacionadas a penteados afro têm levantado discussões recentes. Esta semana, a apresentadora Giuliana Rancic, do programa “Fashion Police”, pediu desculpas à atriz Zendaya Coleman após fazer piada sobre uso de dreadlocks por ela na cerimônia do Oscar. Durante o programa, transmitido na noite de segunda-feira nos Estados Unidos, Giuliana disse que o penteado fazia ela parecer como alguém que cheirava a óleo de patchouli e maconha. No ano passado, a jornalista baiana Lília de Souza levantou a polêmica no Brasil, após ser orientada a prender seu cabelo estilo “black power” ao tirar foto para renovar seu passaporte, já que o sistema de imagens não aceitava a imagem gerada, por causa do formato dos fios. Relembre aqui.
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